Resenha: A piada mortal, Alan Moore, Panini Comics (DC Comics)

Sou e sempre fui, desde pequenininha, admiradora do homem-morcego. Batman para mim é o melhor herói já criado no universo dos quadrinhos. Criado em 1939 por Bob Kane e Bill Finger  para a DC Comics, é um ícone da cultura POP e não há quem não o conheça. 

Mas mesmo gostando tanto do Cavaleiro das Trevas, eu nunca havia lido qualquer HQ dele. Até que decidi começar por "A piada mortal", de Alan Moore (argumento) e Brian Bolland (desenhos). Alan Moore é um dos maiores quadrinistas de todos os tempos, o gênio criador de Watchmen e V de Vingança (por quem eu nutro uma paixão incondicional). 

Essa HQ é do ano de 1988 e conta a história do Coringa, o grande vilão e inimigo do homem-morcego. Com ela nós descobrimos como um homem comum se tornou um palhaço sádico e maligno, sem escrúpulos e com uma propensão a humor-negro (e, como mostra o título da HQ, mortal).

Sinopse: Do premiado roteirista Alan Moore (Watchmen, V de Vingança) conta como um dia ruim na vida de um homem pode significar a linha que separa a sanidade da loucura. Principalmente quando se trata do Coringa, o maior e mais conhecido vilão do mundo dos quadrinhos. Os desenhos de Brian Bolland (Camelot 3000), um dos maiores ilustradores dos quadrinhos, elevaram a história praticamente à perfeição retratando com maestria o mundo imaginado por Alan Moore. Mas faltava um detalhe para completar a obra. Bolland não pôde colorir a edição original, e agora, vinte anos depois, isso foi corrigido e as cores foram completamente refeitas pelo artista, seguindo fielmente a sua imaginação. Edição obrigatória para os fãs do Coringa, do Batman e dos quadrinhos.
Fonte: http://comix.com.br/blog/?p=18045

Foi uma experiência de leitura incrível e que me fez me apaixonar ainda mais pelo universo do Batman e me tornar a mais nova viciada em quadrinhos da face da Terra. Alan Moore, como sempre, desfilou sua genialidade ao longo de cada uma das páginas da graphic novel. Com diálogos sensacionais e enquadramentos perfeitos (e que traços!) de Bolland, é uma história daquelas a ser devorada em minutos. Do tipo que você quer reler mais algumas vezes. Veja só algumas imagens:






O comissário Gordon tem grande destaque nesta HQ, já que o Coringa resolve usá-lo para provar ao Batman que qualquer um, por mais forte e mentalmente saudável que seja, pode chegar à loucura, e isso pode ser alcançado apenas fazendo com que ele tenha um dia muito, muito ruim. Nesta história percebemos também a relação obsessiva do Coringa com o Batman. É como se a batalha travada por anos a fio entre os dois fosse a única razão de serem, a única coisa que realmente faz sentido em meio ao caos de Gotham City. 

Mas o aspecto mais sensacional desse quadrinho é o seu final. A última cena passa toda a sua mensagem sem nenhum diálogo, apenas com pequenos enquadramentos. E a mensagem ali é dúbia, cujas diferentes interpretações tem assombrado os fãs do Cavaleiro das Trevas há anos. Eu, particularmente, entendi bem o recado. Mas como odeio spoilers, vou deixar que você leia e tire suas próprias conclusões.

Para fãs do Batman ou interessados em toda a sua história, o Batman Guide é um site maravilhoso, brasileiro e cheio de informações sobre nosso herói, contendo, inclusive, um guia para aqueles que querem ler os quadrinhos na ordem certa.

Infelizmente, essa obra, que foi reimpressa pela Panini Comics em 2008, já está esgotada, inclusive no site da editora. Mas você pode baixá-la através do site Batman Guide ou lê-la online aqui. Eu li online mas já estou adquirindo o meu impresso, em edição de luxo (existem alguns poucos no Mercado Livre). Vale a pena ter na estante, e como vale!

Nota:




Uma ótima leitura e até a próxima!

Comentários

  1. Nossa, adorei ler esta resenha! Detesto spoiler, mas fiquei torcendo para você falar do final. Vou ler com certeza!

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