Resenha: Scott Pilgrim Contra o Mundo – Vol. 2, Bryan Lee O’Malley, Quadrinhos na Cia.

País de Origem: Canadá
Ano de Publicação Original: 2006-2007
Ano da Edição Brasileira Atual: 2010
Tradução: Érico Assis
Nº de Páginas: 408
Edições Incluídas: Scott Pilgrim and the infinite sadness – vol. 3/Scott Pilgrim gets it together – vol. 4
 Coleção: Scott Pilgrim

Sinopse: A vida de Scott Pilgrim parece estar se acertando. De saída, ele já mandou para a lona dois dos ex-namorados do mal de Ramona Flowers (faltam cinco). Além disso, o namoro com a misteriosa americana parece estar engrenando, e até mesmo sua banda, a Sex Bob-Omb, tem conseguido acertar um ou dois acordes.

Claro que, num país tão tumultuado quanto o Canadá, as coisas nunca são fáceis, e o período de relativa tranquilidade é interrompido pela chegada da turnê do Clash at the Demon’s Head, a banda de rock mais incrivelmente poderosa de que se tem notícia. Não bastasse, o grupo é liderado por Envy Adams, ex-namorada de Scott, que o colocou numa espécie de coma emocional ao largá-lo, um ano e meio atrás.
E o embate com o passado traz consigo um conflito de contornos mais épicos: o atual namorado de Envy Adams é ninguém menos que Todd Ingram, o vegan com poderes místicos que Scott precisa derrotar no seu caminho para o coração de Ramona. Dotado de poderes incríveis (“ele frequentou a academia vegan e tudo!”), Todd será o maior desafio de Pilgrim.

Ou pelo menos é o que se imagina. No segundo capítulo deste volume, Scott irá descobrir outra faceta de sua enigmática namorada, será perseguido por ninjas e samurais e terá de lidar com os grandes dilemas da vida adulta: dividir ou não um apartamento com seu melhor amigo gay e, principalmente, arrumar um emprego ou continuar jogando Final Fantasy II.

Com a série Scott Pilgrim contra o mundo, Bryan Lee O’Malley criou um vibrante universo pop, recheado de referências a videogames, música, cinema e cultura japonesa. Em meio a tudo isso, há também espaço para um divertido e inteligente comentário sobre sua geração, e uma visão original sobre a natureza dos relacionamentos, da amizade e do amor. Sem as angústias carregadas dos dramas adolescentes, O’Malley mostra como o caminho para a felicidade pode ser alcançado com uma espada, doze litros de café e algum rock’n’roll canadense.



MINHA EXPERIÊNCIA DE LEITURA


Este segundo volume publicado pela ‘Quadrinhos na Cia.’ contém o terceiro e o quarto volumes originalmente publicados pela Oni Press do Canadá (‘Scott Pilgrim’ foi originalmente publicada em seis volumes). Em “Scott Pilgrim and the infinite sadness”, nosso herói nerd continua enfrentando os ex-namorados do mal de Ramona Flowers para ganhar o direito de ser seu namorado de vez. Aqui ele enfrenta mais dois ex-namorados do mal, e um deles é justamente o atual namorado de sua ex-namorada e primeiro amor: Envy Adams, uma estrela do Rock em ascensão que é metida a besta à beça. A leitura dessa primeira parte do quadrinho foi uma experiência diferente de ler o primeiro volume da série. Foi muito mais divertida. As cenas de luta estão ainda melhores, e os diálogos mais engraçados (as piadas com os vegans são demais!).

Em “Scott Pilgrim gets it together”, Pilgrim toma algumas decisões importantes: de arranjar um emprego, ir morar com a Ramona, etc. E enfrenta o quarto ex-namorado do mal, além de um ninja misterioso que aparece do nada. A banda parece estar progredindo, e Scott está se tornando menos bundão. Ele começa a tomar jeito. Aqui as cenas de luta são ainda melhores que a história anterior, os diálogos ainda mais engraçados e no final da leitura fica aquele “gostinho” de quero mais. Fiquei doida para saber como vai terminar essa história.


DESENHOS


Os desenhos continuam excelentes, e as referências aos games, à cultura POP, à cultura japonesa, ao Rock’n’Roll e aos mangás e animes são muito bem retratadas pelo autor. Não consigo imaginar essa história desenhada de um modo diferente.





VEREDITO


Se o primeiro volume de Scott Pilgrim me divertiu um “cadinho” (como dizemos aqui em Minas), o segundo volume me ganhou completamente. Já acostumada ao ritmo de escrita de O’Malley, esta leitura fluiu maravilhosamente, e eu me peguei em vários momentos gargalhando alto com as ações pueris e hilárias de Pilgrim - e também dos outros personagens. Neste ponto da história fica claro que o autor finalmente encontrou a “pegada” perfeita para imprimir ao quadrinho, e conseguiu mantê-la muito bem do começo ao fim. Ele usa referências dos games dos anos 80, da música POP e dos universos nerd e hipster em geral como meios para passar uma mensagem: como é difícil ser jovem, cara!

Recomendada!

Nota:
4/5



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