Resenha Combo: Os Supremos 1 e 2, Mark Millar & Bryan Hitch, Panini Comics (Marvel Comics)
País
de Origem: EUA
Período
de Publicação Original: 2002 a 2004
Ano
da Edição Brasileira Atual: 2012
Tradução:
Fernando Lopes & Jotapê Martins
Nº
de Páginas: 378
Edições
Incluídas: The Ultimates 1 #1 a #13
Os
Supremos 2
País
de Origem: EUA
Período
de Publicação Original: 2005 a 2007
Ano
da Edição Brasileira Atual: 2012
Tradução:
Fernando Lopes & Jotapê Martins
Nº
de Páginas: 408
Edições
Incluídas: The Ultimates 2 #1 a #13

MINHA EXPERIÊNCIA DE LEITURA
No
começo dos anos 2000 a Marvel lançou o seu universo Ultimate, que é uma versão mais moderna e bad-ass dos heróis do universo regular da Marvel (chamado de 616). Mark Millar (‘Kick-Ass’, ‘Superior’,
‘Nêmesis’) ficou responsável por escrever a origem alternativa dos
Vingadores. Assim nasceu The Ultimates,
ou Os Supremos, sucesso de público e crítica e considerado, por muitos, uma das
melhores séries da editora, tendo lançado as bases para todo o universo da
Marvel nos cinemas.
A
HQ inteira tem ritmo cinematográfico, e todas as personagens ganharam novas – e
melhores - versões. Aqui o Capitão América, por exemplo, não é tão bonzinho e é
um pouco “pegador”; o Homem de Ferro tem câncer terminal; o Hulk é ainda mais
violento; o Nick Fury é negro; e Thor é um hippie
que curte fazer uma manifestação. Millar faz ótimas piadas, inclusive com
George W. Bush, que era o presidente dos EUA à época da publicação. Considerando,
também, que Ultimates começou a ser
publicada menos de um ano após os ataques de 11 de setembro, o tom de ameaça e o
militarismo são constantes ao longo de todas as 26 edições.
O
arcabouço humano e familiar dos heróis é bastante explorado, com bons dramas
envolvendo seus relacionamentos interpessoais: o casamento problemático do Homem-Formiga
(Hank Pym) e a Vespa; o reencontro entre Steve Rogers e Buck Barnes; o
relacionamento entre Tony Stark e Natasha (Viúva Negra); o seio familiar do
Gavião Arqueiro; o relacionamento difícil entre Bruce Banner e sua namorada
(que também é a relações públicas da Shield);
o caso amoroso de Steve Rogers com a Vespa; e os valores morais de Thor. Em
minha opinião, essas subtramas são o que há de melhor em Supremos.
Mas
quando é hora da ação no quadrinho, Millar não faz feio. A porradaria “come
solta” e, tanto os planos dos vilões, quanto os atos de alguns heróis e suas
consequências são responsáveis por cenas de ação de tirar o fôlego recheadas
com diálogos inteligentes.
DESENHOS
Bryan
Hitch dá uma aula de desenho nos dois volumes. O traço do artista é perfeito
para esse tipo de história, e os enquadramentos, detalhes e expressões faciais
impressionam. Quando ele desenha uma rua, por exemplo, se preocupa com os
detalhes de cada prédio, árvores, transeuntes e etc. É sensacional. Nas cenas
de ação, então, você consegue seguir com tremenda fluidez e visualizar o
movimento dos corpos, o barulho, as explosões e choques. Em Supremos 2 há uma
página óctupla de uma mega batalha envolvendo todo tipo de personagem que você
conseguir imaginar. É possível ficar horas olhando os detalhes dela.


VEREDITO
Os
Supremos 1 e 2 são duas HQs inteligentes e extremamente divertidas, leitura
ideal para quem quer iniciar no universo dos quadrinhos de Vingadores ou apenas
para quem quer conferir uma ótima história de super-heróis. A fenomenal arte de
Bryan Hitch complementa as ótimas sacadas de Mark Millar, formando uma obra que
já nasceu clássica.
Absolutamente
imperdível!
Nota:
5/5
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