Resenha: Preacher Vol. 3 – Orgulho Americano, Garth Ennis & Steve Dillon, Panini Comics (Vertigo)

País de Origem: EUA
Ano de Publicação: 1994
Ano da edição brasileira atual: 2013
Tradução: Fabiano Denardin & Eduardo Tanaka
Nº de páginas: 236
Coleção: Preacher

Sinopse: O reverendo Jesse Custer quase perdeu a fé quando teve a alma mesclada com a entidade angelical-demoníaca conhecida como Gênesis. O resultado desse encontro explosivo o fez virar o único pastor na Terra que realmente tem o dom da Palavra de Deus e lhe deu um novo objetivo que o levou para uma das jornadas mais bizarras de que se tem notícia: ele está em busca de Deus! Mas os caminhos até Ele são tortuosos e agora Jesse e Tulipa, a namorada que ele reencontrou depois de muito tempo, precisam passar pela França para resgatar seu fiel amigo, o vampiro Cassidy. Lá, ele é mantido prisioneiro pelo Graal, uma organização perigosa e secreta cujo propósito é o de proteger o novo Messias. Mas Herr Starr, um obstinado líder dentro da organização que tem seus próprios planos, pretende que esse Messias seja Jesse Custer. E é aí que a história complica…



MINHA EXPERIÊNCIA DE LEITURA


Este é o terceiro volume da sensacional série Preacher, com Garth Ennis (‘Hellblazer– Hábitos Perigosos’ e ‘Hitman’) nos roteiros e Steve Dillon na arte. Este arco, ‘Orgulho Americano’, traz as edições 18 a 26 da série original americana, e tem como plot principal o fato de Cassidy estar preso no quartel general da organização super secreta e poderosa Graal, comandada por Herr Starr, e a tentativa de Jesse Custer e de Tulipa de salvá-lo. Essa organização foi apresentada ao leitor no volume nº 2, junto com Herr Starr. E se eu achei a construção desse vilão no último arco muito interessante, neste somos brindados com mais informações sobre ele e ótimas histórias. Caricato e frio, tal qual um vilão dos antigos filmes de James Bond, Starr sem dúvida é uma das melhores criações de Garth Ennis.

Este é, sem dúvida, o arco com mais ação dos três até aqui. O coitado do Cassidy sofre o diabo nas mãos do Graal, e mais uma vez Dillon desenha a ultraviolência narrada por Ennis como ninguém. Mas a história não é só ‘tripas e sangue’. Tem uma subtrama política muito interessante, e os planos fascistas de Herr Starr soariam muito ridículos, se eles não tivessem trazido à minha lembrança os próprios planos “salvadores” de Adolf Hitler.

Dentro deste arco ficamos sabendo, também, a verdadeira história de Cassidy, de sua família, de como ele se tornou um sugador de sangue e saiu da sua terra natal, a Irlanda, para ir viver em Nova York. Esta foi, provavelmente, a leitura mais interessante que fiz no encadernado. Além de ser divertida é uma pequena aula de história, e Ennis faz grandes saltos temporais muito bacanas, e o faz com competência.


DESENHOS


Steve Dillon tem exatamente o tipo de arte que eu mais gosto: simples, limpa, precisa, mas detalhista e expressiva. Seu traço casa perfeitamente com o argumento de Ennis, e ele não enche as páginas com detalhes desnecessários – especialmente nas cenas de luta – o que permite que você mantenha o foco na história. Tudo é colocado no seu devido lugar, sem exageros. E é impressionante como a qualidade dos desenhos não cai em uma edição sequer.





VEREDITO


Preacher é uma daquelas HQs que provavelmente nunca irão envelhecer. Este arco confirma isso. Divertido e com uma história que vai muito além do ‘SOC!, TUM!, POW!’, é leitura indispensável. Se você ainda não leu os dois primeiros volumes da série, confira as respectivas resenhas aqui e aqui. Se já os leu certamente não pode perder a continuação. Eu estou ansiosa para saber aonde o pastor, sua namorada e seu amigo irlandês irão parar.

Leitura Indispensável!

Nota:
5/5





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