Resenha: Aquaman – As profundezas, Geoff Johns, Ivan Reis, Joe Prado & Rod Reis, Panini Comics (DC Comics)
Ano
de Origem: 2011
Ano
da edição brasileira atual: 2015
Nº
de Páginas: 144
Números
Incluídos: #1 a #6 de Aquaman – The New 52
Série: Encadernados de Capa Dura dos Novos 52
Sinopse: Sob as águas que cobrem a terra, Aquaman reina supremo. Mas, no mundo da superfície um mundo que ele e a bela e fatal Mera lutam para proteger - o Rei dos Mares está fora de seu elemento. A humanidade o despreza e o desrespeita, da mesma forma que faz com o oceano que ele comanda... porém, uma nova ameaça aterrorizante emergido abismo negro quilômetros abaixo da superfície.Lá, nenhuma luz alcança, e apenas a fome e o ódio conseguem sobreviver. O Fosso acaba de ser aberto, despejando seu horror, e Aquaman precisará fazer uma escolha que vai contrapor a sobrevivência de uma espécie (a nossa espécie) à outra...ou o mundo todo será arrastado para o abismo!
MINHA EXPERIÊNCIA DE LEITURA
Em
2011 a DC Comics zerou o número de seus títulos e fez um reboot. Surgiram assim os The New 52 (Novos 52 aqui
no Brasil), 52 “novos” títulos de quadrinhos – alguns realmente novos, outros nem
tanto, como Batman, Superman, Lanterna Verde e Aquaman. Em alguns títulos foi
dada continuidade às suas cronologias mas com uma nova roupagem, como em
Batman. Em outros, como em Action Comics,
Superman ganhou uma nova origem. Eu, como boa decenauta que sou, fiquei
interessada em ler algo entre tantos títulos. Mas teria que ser criteriosa para
não perder tempo com histórias ruins. Descobri que um dos títulos dos Novos 52
mais elogiados aqui no Brasil pelos leitores é Aquaman, de Geoff Johns, com
desenhos do brasileiro Ivan Reis e arte-finalização de Joe Prado. Mas será que valeria à pena ler
algo sobre um herói que eu mal conheço, e por quem nunca me interessei? Decidi
arriscar – e tive uma grata surpresa.
Arthur,
ou Aquaman, nunca foi muito levado a sério entre os leitores de quadrinhos. Ele
foi relegado a um mero coadjuvante em muitas sagas da DC Comics. Sempre foi
zoado por causa da sua roupa, por “falar” com peixes e por não ser tão bad-ass
quanto Batman ou Superman. Geoff Johns decidiu usar esses “pontos fracos” do
personagem e transformá-los em um plot
para seu run nos Novos 52. Deu certo. Johns escreveu o roteiro perfeito
para quem, assim como eu, nunca leu nada sobre o Aquaman, mas tem a impressão
de que ele não é um herói relevante. Não há uma nova origem para o protagonista,
mas os outros personagens – sua esposa, Mera, seu arqui-inimigo, Arraia-Negra,
seu falecido pai adotivo dentre outros – são apresentados ao leitor de forma
natural, no decorrer da história. Isso fez com que eu entendesse praticamente
tudo o que estava acontecendo, mesmo sem fazer uma leitura ‘mais atenta’.
A
leitura é muito divertida e passa em um piscar de olhos. Quando vi já estava
totalmente envolvida e fã do Aquaman. Isso é um ótimo sinal. Além de muita ação
– como é de se esperar em boas histórias de heróis – Johns ironiza o leitor ao
começar, já na edição número um, zoando o próprio herói através das atitudes
das pessoas comuns presentes no roteiro. Mas logo depois Arthur começa a
mostrar ao que veio, que ele é sim um cara bad-ass. É como se o autor dissesse
para mim e para você: “não, esse cara aqui não faz só falar com peixes, e ele
vai te surpreender”. E surpreendeu.
DESENHOS
Os
desenhos de Ivan Reis são incríveis. Eles são cheios de vida e
de movimento, algo fundamental em histórias de super-heróis. A qualidade e o
nível de detalhe do traço impressionam, principalmente por tratar-se de uma
série mensal, que geralmente é feita às pressas
para não “estourar” o prazo. Mas se tem algo que se destaca nesta série e
merece a nossa atenção é a colorização de Rodrigo Reis, ou Rod Reis, outro
brasileiro. As cores são de encher os olhos e enriquecem sobremaneira os desenhos.
É basicamente o que dá vida a eles.
VEREDITO
Aquaman
nos Novos 52 é uma série que começou muito bem, sendo bastante elogiada lá fora
e em terras brazucas. É muito divertida, possui uma pitada de sarcasmo, e para
completar desenhos e colorização espetaculares. Ou seja, uma das melhores
coisas que estão saindo pelas grandes editoras no mercado de quadrinhos atual. Recomendo
bastante, inclusive para quem nunca teve contato com o personagem.
Nota:
4/5
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