Resenha Combo: A seleção, A elite & A escolha, Kiera Cass, Seguinte

Hoje vou falar de uma trilogia que está entre a lista dos mais vendidos atualmente, e que é classificada como distópica. Essa é a principal razão para eu ter me interessado em lê-la, mesmo sabendo que é indicada para adolescentes. E por ser apaixonada por distopias e já ter lido alguns dos melhores livros e assistido alguns dos melhores filmes do gênero é que posso afirmar categoricamente: “A seleção” peca terrivelmente onde deveria triunfar, ao tratar de um futuro incerto, carente de esperanças, em um mundo/país governado por totalitaristas/manipuladores.

Diferentemente de “Jogos Vorazes”, trilogia que considero muitíssimo bem escrita, considerando sua proposta, “A seleção” tem uma ideia interessante, promissora até, mas cujo desenvolvimento é bem fraco. A estória foca 95% na paixão entre os protagonistas – a pobre America, da casta 5, e o príncipe Maxon, da casta 1 –, quando poderia explorar melhor as circunstâncias nas quais o país deles (chamado de Estado Americano da China, nome explicado na estória pela conquista dos EUA pelos chineses) está. Um país separado por castas, cuja maioria da população vive diariamente familiarizada com a fome; um país que está em um conflito militar e à beira de uma guerra civil; governado por uma monarquia autoritária, que pouco se importa com seu povo e está mais preocupada em realizar festas pomposas no palácio e arrumar uma noiva bela e submissa para o príncipe.



Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.

Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.

Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.




Sinopse: A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon e será coroada princesa de Illéa. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Quando ela está com Maxon, é arrebatada por esse novo romance de tirar o fôlego, e não consegue se imaginar com mais ninguém. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas memórias da vida que eles planejavam ter juntos.

America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha, uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de qualquer final feliz.





Sinopse: A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.


A autora se perde em detalhes que, na minha humilde opinião, são totalmente desnecessários para o andamento da história, referentes aos vestidos das garotas participantes da seleção, por exemplo, e outras coisas fúteis. Por outro lado, questões como o porquê de isso ou aquilo funcionar em Illéa da forma que funciona não são nem de longe explicadas. Os diálogos são sofríveis, as cenas românticas entre Maxon e America são à la Edward e Bella em “Crepúsculo” e todas as mulheres do livro são totalmente sem personalidade própria. A America, por exemplo, parece ter deixado a sua fora dos portões do palácio. O que é muito ruim.

Esperei uma boa história de amor na guerra, entre pessoas de mundos completamente diferentes. Esperei um universo distópico convincente, com pequenos traços de ficção científica e jovens que tentavam, a todo custo, mudar seu mundo, sua realidade, para melhor. E não tive nada disso. Quando algo político começa a aparecer na história, tudo simplesmente acaba – sem muitas explicações. Como se apenas escolher uma nova e inexperiente garota para ajudar no comando de um imenso e faminto país fosse resolver seus problemas.

Posso estar sendo injusta nessa resenha por ter esperado muito da trilogia. Talvez ela tenha cumprido a sua proposta. Mas não posso dizer que os livros são ótimos, mesmo considerando a faixa etária para que são destinados. Como eu já disse, trilogias como “Jogos Vorazes” e sagas como “Harry Potter” são para a mesma faixa etária e possuem muita qualidade, conquistando inúmeros fãs ao redor do mundo de todas as idades. São obras que serão lembradas por ainda muito, muito tempo. O que certamente não acontecerá com “A seleção”.


Nota:

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