Resenha: Misery, Stephen King, Suma das Letras
Misery é um relançamento de 2014 da
editora Suma das Letras, originalmente lançado em junho de 1987 nos EUA. Nesta obra Stephen King está em sua melhor forma, como
dizem os fãs do mestre do suspense. Segundo livro que li do autor, serviu como
uma espécie de reentrada em seu universo de terror e medo. E que reentrada!
Sinopse: Paul Sheldon é um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados por Misery Chastain. No dia em que termina de escrever um novo manuscrito, decide sair para comemorar, apesar da forte nevasca. Após derrapar e sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira aposentada Annie Wilkes, que surge em seu caminho. A simpática senhora é também uma leitora voraz que se autointitula a fã número um do autor. No entanto, o desfecho do último livro com a personagem Misery desperta na enfermeira seu lado mais sádico e psicótico. Profundamente abalada, Annie o isola em um quarto e inicia uma série de torturas e ameaças, que só chegarão ao fim quando ele reescrever a narrativa com o final que ela considera apropriado. Ferido e debilitado, em Misery – Louca obsessão, Paul Sheldon terá que usar toda a criatividade para salvar a própria vida e, talvez, escapar deste pesadelo.
Imagine que você é um escritor
famoso, best-seller. E que sofre um acidente em um lugar ermo. Alguém te encontra
e te resgata dos destroços. Até aí tudo bem. O problema é que quem te salva é
uma fã dos seus livros com sérios distúrbios psicológicos. Uma psicopata. Você
tem duas pernas quebradas, mas ela não chama o resgate, não te leva para o
hospital, e te mantém em cárcere privado. Droga você e te obriga a escrever um
livro do jeito que ela quer. Manipula, maltrata, tortura. Continuamente, por
dias, semanas, meses a fio. O único rosto que você vê nesse tempo é o dela.
Isso é o suficiente para deixar qualquer um louco, não?
Esse é basicamente o enredo dessa
obra assustadora, inquietante, que te faz suar frio e desejar, com todas as
forças, que o protagonista Paul Sheldon sobreviva e dê um fim à enfermeira
atormentada que o sequestrou. E essa é umas características mais bacanas do
livro: a capacidade de te fazer se colocar no lugar do protagonista o tempo
todo, sentir as dores, o ódio e o desespero que ele sente.
A escrita de Stephen King é fluida,
prende a atenção do leitor como nenhuma outra e nos consome. É impossível não
sentir pavor a cada página. Ele mexe com nosso psicológico e parece ter a chave
secreta para acessar nossos pensamentos mais primitivos. No campo do terror e
do suspense, Stephen King é um deus.
Para quem nunca leu nada do
escritor, “Misery” é um ótimo começo. Indico para aqueles que adoram suspense,
terror, e têm estômago forte. O livro possui trechos fortes, chocantes até –
que vão fazer os fãs do verdadeiro terror vibrarem. Recomendadíssimo!
Nota:
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