Resenha: Nova York - a vida na grande cidade, Will Eisner, Quadrinhos na Cia.
Vovô
dos quadrinhos. Gênio. Tão brilhante que se tornou a inspiração para quaisquer quadrinistas que vieram após ele. O maior selo de qualidade existente concedido
para os autores e obras do gênero é um prêmio que carrega seu nome: Prêmio
Eisner. Eu finalmente entendi porque se fala tanto desse senhor cujo
brilhantismo e sensibilidade deixam qualquer leitor boquiaberto. Will Eisner,
você era o cara. Aliás, continua sendo.
Nova York: A Vida na Grande Cidade e Caderno de Tipos Urbanos são compostos de vinhetas que registram, a partir do cenário da cidade, aspectos do dia a dia de seus habitantes. Esses breves vislumbres iluminam com delicadeza desde as situações mais cotidianas até as reviravoltas mais trágicas. O olhar agudo que se revela nas vinhetas ganha em O edifício e Pessoas invisíveis aspecto mais sombrio. Nessas histórias, que são, sobretudo biografias de personagens solitários e esquecidos, Eisner põe em xeque o isolamento e a indiferença impostos pela metrópole.
Verdadeira obra-prima dos quadrinhos, Nova York é um registro impressionante não só da sensibilidade de seu autor, mas da vida que se esconde por trás de toda grande cidade.
Considerado um dos criadores do quadrinho moderno, Will Eisner (1917-2005) foi um dos mais importantes artistas do século XX. Pai do herói Spirit, Eisner influenciou gerações de quadrinistas no mundo todo.
Fonte: http://www.skoob.com.br/livro/28157
“Nova
York: a vida na grande cidade” é uma compilação de histórias curtas sobre os
aspectos mais corriqueiros da vida dos moradores da maior cidade do mundo. Mas
apesar de falar de Nova York, há uma universalidade incontestável na HQ. Muitas
daquelas histórias poderiam se passar em São Paulo, ou no Rio de Janeiro, ou em
Belo Horizonte – ou em qualquer grande cidade. Um dos aspectos universais de
todas essas cidades que é muito bem trabalhado na graphic novel é a invisibilidade das pessoas das metrópoles,
tragadas pela rotina exasperante e pela imensidão de prédios, objetos, fluxos
ao seu redor: a grande ironia de viver cercado por um mar de gente e estar
completamente só.
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