Resenha Combo: Kick-Ass, Mark Millar & John Romita Jr., Panini Comics
Kick-Ass não vai mudar a sua
vida para melhor. Não vai explodir a sua cabeça. Não é uma obra-prima de um
gênio. Não é um marco na história das HQs. Mas eu posso te dar uma excelente
razão para ler essa série que fez – e ainda faz – muito sucesso: se você gosta
de ação, violência (ao estilo Quentin Tarantino, sem cortes e frescuras) e uma
história bem pipoca, pode acreditar, nada vai te divertir mais do que esse
garotinho metido a herói. Nada.
Sinopse Vol. 1: Você alguma vez já pensou em ser super-herói? O que acontece quando um cara comum numa roupa de látex fica frente a frente com o submundo do crime? É isso que o jovem Dave Lizewski está prestes a descobrir. Afinal, as pessoas têm apenas uma vida, e Dave quer que a dele seja empolgante. A qualquer preço. O roteirista Mark Millar (Guerra Civil, Os Supremos, O Velho Logan) e o desenhista John Romita Jr. (Hulk Contra o Mundo, Wolverine: Inimigo do Estado, Homem-Aranha) levam os quadrinhos de super-heróis a um patamar inteiramente novo na mais ousada, intensa, violenta e inovadora aventura jamais criada. Você nunca mais verá um gibi do mesmo jeito… [Fonte]
Sinopse Hit Girl: Com a morte do Big Daddy e com a máfia desarticulada por algum tempo, Hit-Girl volta para a sua mãe e padrasto para tentar viver uma vida normal. Mas o que é normal quando você é uma pequena matadora? Velhos hábitos são difíceis de largar... A estrela em ascensão de Kick-Ass é o destaque desta história, que preenche a lacuna entre Kick-Ass e Kick-Ass 2. [Fonte]
Sinopse Vol. 2: David Lizewski deu um aterrador e excitante mergulho. Com treinamento mínimo em combate e armado com um par de bastões, ele colocou uma máscara e saiu para se tornar um super-herói: Kick-Ass. E conseguiu, embora de um jeito violento. Kick-Ass e a precoce Hit-Girl enfrentaram a máfia - e ganharam. A ideia se espalhou e, de repente, virou moda usar uniforme. Todo mundo quer ser um super-herói. Qual seria o próximo passo de Kick-Ass? Obviamente, reunir uma superequipe. Mas seu antigo parceiro, Red Mist, acha que heróis são um saco, e quer se transormar no mais conhecido supervilão do mundo. Conseguirá nosso herói deter seu velho aliado e a gangue que ele criou? Ou, então, sobreviver para virar herói mesmo quando a luta pega pra valer, tornando-se um quebra-pau monumental na Times Square? [Fonte]
Seja em “Guerra Civil”,
“Supremos”, “Superior”, “Nêmesis” ou mesmo “Kick-Ass”, Mark Millar está sempre
trazendo à tona a responsabilidade e o papel do herói (em uma clara influência
de Watchmen). E nesta HQ Millar ousa ao colocar um adolescente nerd, bastante
normal, desprovido de poderes e aficionado por quadrinhos de super-heróis,
diante de uma ideia muito idiota: e se ele vestisse uma roupa de borracha e
saísse por aí combatendo o crime? Então Dave compra uma roupa de mergulho pela
internet, dois bastões e botas de borracha e começa a andar nas ruas. Na
primeira oportunidade que tem de enfrentar uns caras maus leva uma surra
daquelas (como o Bruce Wayne em “Batman - Ano Um”, do Frank Miller). Seu nome?
Kick-Ass, ou chuta-bundas, em tradução literal.
Uma personagem fundamental para
a história (tanto que teve o seu próprio encadernado, que é o prelúdio para Kick-Ass 2) é a Hit-Girl, uma garotinha de mais ou
menos 10 anos que foi criada pelo pai policial para se tornar uma heroína de
verdade, e que domina artes marciais, manuseio de armas de fogo, facas e
espadas e estratégia militar. Ela é simplesmente um Rambo versão menininha.
Os desenhos de John Romita Jr.
(mesmo desenhista de The Walking Dead)
são sensacionais e casam perfeitamente com o roteiro de Millar.
Já foram feitas duas adaptações
para o cinema dos encadernados 1 e 2 do quadrinho. Inclusive, são as adaptações
de quadrinhos mais fiéis que já vi. E as cenas de ação são de tirar o fôlego. O terceiro filme com certeza está vindo aí.
Recomendo Kick-Ass para todo
mundo que curte um bom quadrinho de ação e de super-herói. Mais ainda para os
que leram outras coisas de Mark Millar que, no final de Kick-Ass 3 (cujo
finalmente muitíssimo aguardado foi lançado recentemente), traça um paralelo
com outros personagens seus (como Superior e Nêmesis). O que o autor pretende
fazer é criar um universo próprio, chamado de Millarworld, para poder trabalhar suas histórias sem estar preso às
cronologias, como ocorre em seus trabalhos para a Marvel.
Nota:
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